segunda-feira, 24 de outubro de 2011

Há Momentos - Clarice Lispector

Há Momentos
Clarice Lispector


Há momentos na vida em que sentimos tanto
a falta de alguém que o que mais queremos
é tirar esta pessoa de nossos sonhos
e abraçá-la.

Sonhe com aquilo que você quiser.
Seja o que você quer ser,
porque você possui apenas uma vida
e nela só se tem uma chance
de fazer aquilo que se quer.

Tenha felicidade bastante para fazê-la doce.
Dificuldades para fazê-la forte.
Tristeza para fazê-la humana.
E esperança suficiente para fazê-la feliz.

As pessoas mais felizes
não têm as melhores coisas.
Elas sabem fazer o melhor
das oportunidades que aparecem
em seus caminhos.
A felicidade aparece para aqueles que choram.
Para aqueles que se machucam.
Para aqueles que buscam e tentam sempre.
E para aqueles que reconhecem
a importância das pessoas que passam por suas vidas.

O futuro mais brilhante
é baseado num passado intensame
nte vivido.
Você só terá sucesso na vida
quando perdoar os erros
e as decepções do passado.

A vida é curta, mas as emoções que podemos deixar
duram uma eternidade.
A vida não é de se brincar
porque um belo dia se morre.


Desejo que esta linda poesia seja fonte inspiradora para nossa vida.
Boa semana.

Um forte abraço,
Rose

sábado, 15 de outubro de 2011

Como está o sexo masculino hoje?

Deparei-me com essa questão a partir do relato de um cliente que se sentia angustiado com seu relacionamento amoroso. Sua dificuldade era a de compreender o que sua esposa queria da relação. Eis que num momento ele se faz a seguinte pergunta: "Mas, e eu, como estou nesta relação?", "O que quero?", "Como manter esse casamento?".

Sai do atendimento com uma reflexão: como o homem hoje se vê em seus relacionamentos amorosos? Comecei a ler sobre o tema e pude constatar como essa questão é atual e aflige um número significativo de homens. Para vermos isso basta olharmos ao nosso redor: a imprensa vem destacando, sucessivamente, o assunto, pois já foram dedicadas revistas somente sobre esse tema, por exemplo, a revista Veja e Época; em "rodinhas" de amigos o comentário é o mesmo: "O que a mulherada quer de nós?"; entre as mulheres o comentário é outro: "Meu marido e/ou namorado não me entende.".

Quero aqui ater-me sobre a perspectiva do sexo masculino. Parece-me que os homens estão perdidos e confusos, pois até bem pouco tempo atrás não lhes era permitido, por exemplo, chorar (muitos foram e ainda são educados desta forma), e hoje são exigidos a expressar seus sentimentos. Que dilema!!! Como fazer isso? Em que medida? Não serão vistos como "manteigas derretidas"? Talvez sejam algumas perguntas que sejam feitas.

Acredito que estejamos vivendo um período de transição nos relacionamentos afetivos. A partir da emancipação feminina houve uma grande transformação social, política, econômica e, principalmente, afetiva, pois a mulher deixou de ocupar a posição de "mandada" para conquistar seu espaço. E o homem continuou a ser educado como “o cabeça da família". Há um descompasso.

Não é minha intenção avaliar as possíveis responsabilidades sobre tais mudanças. Meu desejo é conhecer como o sexo masculino está diante dessa nova concepção social.

E você, como vê a questão? Como estão os homens que conhece? E você, homem, como está?

Gostaria de saber sua opinião sobre o assunto.

Sua opinião é muito importante.

Um grande abraço para todos!
Rose

quinta-feira, 6 de outubro de 2011

Ubuntu!

A jornalista e filósofa Lia Diskin, no Festival Mundial da Paz, em Floripa (2006), nos presenteou com um caso de uma tribo na África chamada Ubuntu.

Ela contou que um antropólogo estava estudando os usos e costumes da tribo e, quando terminou seu trabalho, teve que esperar pelo transporte que o levaria até o aeroporto de volta pra casa. Sobrava muito tempo, mas ele não queria catequizar os membros da tribo; então, propôs uma brincadeira pras crianças, que achou ser inofensiva.

Comprou uma porção de doces e guloseimas na cidade, botou tudo num cesto bem bonito com laço de fita e tudo e colocou debaixo de uma árvore. Aí ele chamou as crianças e combinou que quando ele dissesse "já!", elas deveriam sair correndo até o cesto, e a que chegasse primeiro ganharia todos os doces que estavam lá dentro.

As crianças se posicionaram na linha demarcatória que ele desenhou no chão e esperaram pelo sinal combinado. Quando ele disse "Já!", instantaneamente todas as crianças se deram as mãos e saíram correndo em direção à árvore com o cesto. Chegando lá, começaram a distribuir os doces entre si e a comerem felizes.

O antropólogo foi ao encontro delas e perguntou porque elas tinham ido todas juntas se uma só poderia ficar com tudo que havia no cesto e, assim, ganhar muito mais doces.

Elas simplesmente responderam: "Ubuntu, tio. Como uma de nós poderia ficar feliz se todas as outras estivessem tristes?"

Ele ficou desconcertado! Meses e meses trabalhando nisso, estudando a tribo, e ainda não havia compreendido, de verdade, a essência daquele povo. Ou jamais teria proposto uma competição, certo?

Ubuntu significa: "Sou quem sou, porque somos todos nós!"

Atente para o detalhe: porque SOMOS, não pelo que temos...
UBUNTU PARA VOCÊ!

Um grande abraço a todos!
Rose