terça-feira, 7 de agosto de 2012

Entrevista Concedida - Relacionamento amoroso depende de saber lidar com as divergências

Os defeitos da pessoa amada devem ser vistos como uma diferença de personalidade e de opinião

Por Tany Souza - Site Arca Universal


Todo relacionamento passa por altos e baixos. Mas é na fase “baixa” que os companheiros começam a implicar com coisas que antes não faziam diferença. Uma toalha pendurada em outro lugar, uma palavra mal colocada em alguma conversa, enfim, as pequenas diferenças começam a ser defeitos.

Para a psicóloga Roseleide da Silva Santos não há defeitos, pois o ser humano é imperfeito. “O que há são opiniões divergentes. Dizer que o outro tem defeito é se achar melhor que ele. As diferenças entre o casal podem ser consideradas motivos de desgaste ou do desenvolvimento do relacionamento.”

E para uma relação amorosa sobreviver às divergências é preciso que ambos desejem que o relacionamento flua. “Para funcionar, é preciso tolerar as diferenças. Desta forma, o casal se afina, tudo combina e o relacionamento torna-se confortável para os dois. Caso não aconteça essa tolerância, uma divergência pequena se torna grandiosa.”

É preciso ir além

Além da tolerância, é preciso aceitar a pessoa do jeito que ela é e considerar os pontos positivos da relação. “Se o lado bom do relacionamento prevalece, então vale o esforço e a dedicação em relevar alguns momentos. Porém, isso não significa que deve concordar com tudo, mas aceitar o que o outro também tem a dizer e trazer isso em uma conversa saudável. Gostar do outro somente pelo que ele tem de positivo ou porque suas características são parecidas é tarefa fácil”, enfatiza Roseleide.

Para ela, um casamento é um investimento que trará ganhos para ambos. “Mas não é uma tarefa fácil, porque é preciso haver trocas, tolerância, admitir erros e fracassos. O casamento é uma via de mão dupla.”

Além dessa reciprocidade no relacionamento é preciso muita compreensão para que a relação dure, mesmo com todas as divergências. “Um tem que entender o tempo do outro, se sensibilizar em prol da outra pessoa, falar e calar na hora certa, sempre alternando as posições, fazendo uma leitura do que está acontecendo para agir da melhor forma”, finaliza a psicóloga.