Texto publicado na página Godoy Studio Hair - https://www.facebook.com/godoystudiohair
Olá
leitores.
Neste
mês quero abordar um tema recorrente em nosso cotidiano, seja nas nossas
conversas informais, na mídia ou nos atendimentos clínicos: como nossas
crianças estão vivenciando seus primeiros anos de vida.
Este
questionamento é despertado porque estamos assistindo as crianças se
distanciando do que concebemos como “ser criança”. Mas do que estamos falando?
Ser criança é experimentar o mundo de uma maneira sensível, lúdica, divertida e
exploradora. Atualmente, o que vemos, são crianças com agendas ocupadas com
inúmeras atividades (aulas de idiomas, práticas de esportes dentre outros) que
as impedem de exercitar o que há de mais importante nesta fase: o brincar.
Vejo
que algumas crianças são vistas como mini-adultos, com agendas tão ou mais
cheias que seus pais. Estes infindáveis compromissos a que submetemos as
crianças são um grande agente estressor, já que elas não estão preparadas para
suportarem tamanha demanda e, consequentemente, vão se sentindo frustradas e
incompetentes já que não conseguem corresponder às exigências que lhes
atribuímos.
Vocês
se lembram de como foi sua infância? Do que e com quem brincavam? Estamos
oferecendo às crianças a possibilidade de ter recordações tão singelas, mas
absolutamente, encantadoras? Lembro, com muito carinho, de brincar com meus
vizinhos, de ir ao mercadinho mais próximo e comprar deliciosos doces, de
assistir ao Sítio do Pica Pau Amarelo e outros programas que me estimulavam a
desenvolver minha fantasia e, com isto, expandir minha capacidade de abstração.
A infância caracteriza-se como um período da vida em que vivemos o novo a todo
o momento e, a partir disto, ampliamos nosso contato com o mundo.
Para
muitos as brincadeiras não passam de um momento desperdiçado porque temos que,
desde cedo, aprender a otimizar e valorizar o tempo que dispomos para torná-lo
rentável e, pasmem, algumas crianças já assimilaram o conceito de que “tempo é
dinheiro”.
Cabe,
então, destacar a importância das brincadeiras no desenvolvimento da criança:
- Conquistar
sua autonomia porque explora o mundo;
- Aprendem
regras, limites e objetivos claros;
- Pensa
abstrativamente porque através desta linguagem consegue estabelecer um
diálogo entre o abstrato e o real por meio de suas emoções;
- Comunica
seus sentimentos e pensamentos porque o brinquedo torna-se um mediador com
o mundo exterior.
- Desenvolvimento
cognitivo;
- Expansão
da criatividade.
Portanto,
o brincar refere-se ao divertir-se, constituindo-se em uma atividade de ligação
ou com algo em si mesmo ou com o outro.
Estamos
nos aproximando do período de férias escolares e será que estamos promovendo um
momento de efetivo descanso e, concomitantemente, crescimento?
Pensemos
em proporcionar as crianças recordações tão boas de sua infância quanto a que
temos.
Até
o próximo mês!
Rose