Texto publicado na página Godoy Studio Hair - www.facebook.com/godoystudiohair
Olá leitores
Como
estão? Espero vocês estejam bem.
Neste
mês vamos conversar sobre uma importante mudança que vem ocorrendo em nossa
sociedade no tocante a um de seus pilares estruturais: o conceito de família.
A
compreensão do que é uma família está passando por uma necessária reformulação
mas que, ao mesmo tempo, gera polêmica, controvérsias e debates. De acordo com
a nossa Constituição Federal de 1988 no capítulo VII parágrafo 4 “Entende-se, também, como entidade familiar
a comunidade formada por qualquer dos pais e seus descendentes” e está em
tramitação no parlamento um projeto, intitulado Estatuto da Família, que
procura definir e normatizar o que é uma unidade familiar que, segundo essa
lei, seria a reunião de um homem e uma mulher com o objetivo de produzir filhos.
A
sociedade é regida pelo seu andamento sócio-histórico-cultural, sendo assim,
seria legítimo afirmar que o único e verdadeiro significado de família é a
união de um homem e uma mulher? Na época atual, que é fruto de momento
anteriores, presenciamos as diversas e diferentes maneiras de composição
familiares: casais sem filhos, família monoparental, casais heterossexuais e
homoafetivos e os recasamentos.
O
tema é vasto e seria possível discorrer sobre todas essas modalidades, mas vou
me ater em duas delas por causa de sua repercussão: os recasamentos e o
relacionamento entre pessoas do mesmo sexo. Acredito que nessas duas situações
a influência religiosa é determinante porque o divórcio e a homossexualidade
são incompreendidos e considerados infrações. É fundamental o respeito às
crenças individuais mas também é urgente que se faça uma reflexão sobre o nosso
presente (um bom exemplo é que na mídia começam a surgir propagandas que
apresentam essas novas configurações).
A
queixa mais comum em muitos recasamentos é como conciliar os filhos com o(a)
novo(a) parceiro(a). E como na vida não há fórmula mágica, o caminho indicado é
o diálogo franco e atitudes que confirmem que o sentimento de amor permanece
(muitos filhos sentem-se trocados, abandonados ou excluídos) e esse é um
exercício constante.
Já a
dificuldade nas famílias homoafetivas é a intolerância das pessoas por ainda
crerem que o amor tem gênero. O desconhecimento da amplitude do verbo amar
resulta em condutas hostis, agressivas e ódio.
Conforme
o dicionário Aurélio, uma das definições de família é “conjunto de pessoas que vivem na mesma casa” e é só disso que
precisamos? Será que não é dessa forma que muitas famílias se mantêm?
É crucial
que, em nome da convivência harmônica, respeitosa e pacífica em nossa
comunidade, quando falarmos de família estejamos considerando o conjunto de
pessoas que se querem muito bem e não apenas uma mera obrigatoriedade social.
Até
o próximo mês.
Abraços,
Rose
Revisão:
Regiane da Silva Santos
Blog: http://traduzosuaideia.blogspot.com.br