Olá
leitores. Como estão?
Dando
continuidade ao tema proposto em nosso último encontro – relacionamentos –
neste mês vamos discutir sobre uma das mais trabalhosas e prazerosas maneiras
de nos relacionar – o envolvimento amoroso. Como é bom sentir-se apaixonado!
Somos
bombardeados com fórmulas, jeitos e manuais de como podemos conquistar a pessoa
amada, como devemos seduzir, como fazer a manutenção de nossos namoros,
casamentos e por aí vai... Mas será que, realmente, existe uma fórmula
milagrosa? Como podemos ser bem sucedidos em nossas aventuras amorosas?
Vivendo, aprendendo, arriscando, chorando, alegrando, reaprendendo, num ciclo
contínuo de crescimento e amadurecimento.
Ouço
diariamente em meu consultório as angústias geradas pela dificuldade que, atualmente,
homens e mulheres têm se deparado à procura de um parceiro. Qual seria essa
dificuldade? A falta de uma comunicação clara e precisa, que propicie um
diálogo sincero e honesto, que gere um contato franco.
Crescemos
ouvindo que um dia encontraríamos a “metade de nossa laranja” e viveríamos “felizes
para frente”. Fomos enganados? Será que perseguimos obstinadamente essa
proposta sem nos darmos conta? Talvez o ideal da felicidade completa resida no
fato de esperarmos que o outro faça a nossa felicidade? Transferimos para o
outro a responsabilidade de nossa realização e o cobramos para que isto seja
feito.
Vejo
o grau de expectativa que as pessoas têm pelo seu “parceiro ideal”: aquela
pessoa que concretize todas as suas necessidades e que viva em função de
realizar cada uma delas. O que temos por ideal? Algo irreal que faz parte do
campo da fantasia e não da realidade, isto é, fadado à frustração.
Esquecemos
que estar num relacionamento implica em doação, entrega e parceria. Num bom
relacionamento amoroso encontramos comunhão de interesses, admiração mútua,
compartilhamento e divisão. Vale sempre reafirmar: somos seres relacionais e
estar com o outro nos legítima como seres humanos.
Acredito
que a maneira saudável de se manter um relacionamento amoroso seja a de ter no
outro a soma do que já existe em si e não esperar que o outro lhe complete.
Assumir a responsabilidade pela condução da própria vida e ter no seu parceiro
um apoio e não uma “muleta”. A nossa felicidade depende de nossa capacidade de sentirmos
bem com o que somos e termos em nossos relacionamentos a oportunidade de
partilhar esse bem estar.
Lembremos
de fazer sempre uma reflexão: O que estamos oferecendo em nossos
relacionamentos ou estamos esperando somente receber?
É na
troca que há a possibilidade de encontro genuíno entre duas pessoas que se
querem bem.
Até
o próximo mês!
Rose
Revisão:
Regiane da Silva Santos
Blog: http://traduzosuaideia.blogspot.com.br