segunda-feira, 18 de maio de 2015

Crescemos ouvindo que um dia encontraríamos a “metade de nossa laranja” e viveríamos “felizes para frente”. Fomos enganados?

Texto publicado na página Godoy Studio Hair - https://www.facebook.com/godoystudiohair

Olá leitores. Como estão?

Dando continuidade ao tema proposto em nosso último encontro – relacionamentos – neste mês vamos discutir sobre uma das mais trabalhosas e prazerosas maneiras de nos relacionar – o envolvimento amoroso. Como é bom sentir-se apaixonado!  

Somos bombardeados com fórmulas, jeitos e manuais de como podemos conquistar a pessoa amada, como devemos seduzir, como fazer a manutenção de nossos namoros, casamentos e por aí vai... Mas será que, realmente, existe uma fórmula milagrosa? Como podemos ser bem sucedidos em nossas aventuras amorosas? Vivendo, aprendendo, arriscando, chorando, alegrando, reaprendendo, num ciclo contínuo de crescimento e amadurecimento.

Ouço diariamente em meu consultório as angústias geradas pela dificuldade que, atualmente, homens e mulheres têm se deparado à procura de um parceiro. Qual seria essa dificuldade? A falta de uma comunicação clara e precisa, que propicie um diálogo sincero e honesto, que gere um contato franco.

Crescemos ouvindo que um dia encontraríamos a “metade de nossa laranja” e viveríamos “felizes para frente”. Fomos enganados? Será que perseguimos obstinadamente essa proposta sem nos darmos conta? Talvez o ideal da felicidade completa resida no fato de esperarmos que o outro faça a nossa felicidade? Transferimos para o outro a responsabilidade de nossa realização e o cobramos para que isto seja feito.

Vejo o grau de expectativa que as pessoas têm pelo seu “parceiro ideal”: aquela pessoa que concretize todas as suas necessidades e que viva em função de realizar cada uma delas. O que temos por ideal? Algo irreal que faz parte do campo da fantasia e não da realidade, isto é, fadado à frustração.

Esquecemos que estar num relacionamento implica em doação, entrega e parceria. Num bom relacionamento amoroso encontramos comunhão de interesses, admiração mútua, compartilhamento e divisão. Vale sempre reafirmar: somos seres relacionais e estar com o outro nos legítima como seres humanos.

Acredito que a maneira saudável de se manter um relacionamento amoroso seja a de ter no outro a soma do que já existe em si e não esperar que o outro lhe complete. Assumir a responsabilidade pela condução da própria vida e ter no seu parceiro um apoio e não uma “muleta”. A nossa felicidade depende de nossa capacidade de sentirmos bem com o que somos e termos em nossos relacionamentos a oportunidade de partilhar esse bem estar.

Lembremos de fazer sempre uma reflexão: O que estamos oferecendo em nossos relacionamentos ou estamos esperando somente receber?

É na troca que há a possibilidade de encontro genuíno entre duas pessoas que se querem bem.

Até o próximo mês!

Rose

Revisão: Regiane da Silva Santos

Blog: http://traduzosuaideia.blogspot.com.br