terça-feira, 24 de outubro de 2017

É possível manter uma vida sexual ativa durante o tratamento de câncer?

Texto publicado na página Godoy Studio Hair - www.facebook.com/godoystudiohair 

Olá leitores

Como vocês estão?

Neste mês abordaremos um tema que é pouco discutido em nosso cotidiano mas que atinge muitas pessoas e, aproveitando a campanha Outubro Rosa, vamos conversar sobre manter a vida sexual ativa durante o tratamento de câncer, especificamente, no caso de câncer de mama.

Em nossa cultura o câncer ainda é considerado uma doença letal e há muitos mitos que precisam ser refeitos. E outro tópico tabu é o sexo. Então podemos imaginar que a junção desses dois pontos gerem muitas controvérsias e preconceitos.

O assunto necessita ser tratado sob duas óticas: da paciente e da pessoa com a qual ela se relaciona sexualmente.

Para as mulheres a expressão de sua feminilidade é através de sua mama e, sendo assim, como elas devem se sentir quando adoecem? Elas são afetadas em sua autoestima, autoimagem, amor próprio e tudo que diz respeito a como elas se veem e, principalmente, como se sentem enquanto mulheres. E como será sua vida sexual nesse período? Inexistente! Como se sentirão atraentes e sedutoras ao longo da terapia? Isso é possível? Sim, a sensualidade não se restringe à mama e pode-se criar novas maneiras de ser encantadora. E é, neste instante, que a companhia se faz importante para a sua realização.

Por outro lado, a pessoa com quem essa paciente estabelece a atividade sexual vê-se numa posição muito delicada porque se demonstra que quer fazer sexo sua atitude por ser vista como desrespeitosa pela paciente e, caso contrário, como desinteresse.

E como resolver tal impasse?

Obtendo informações e orientações com a equipe médica e por meio do diálogo franco sobre a condição vivida pelas duas pessoas e de que forma ambos encontrarão um denominador comum e satisfatório. Esse contexto pode ser favorável a descobrir e abrir possibilidades e recursos criativos para que a prática sexual não seja banida.

Sexo é saúde e conciliar sua prática nesse momento é uma prazerosa forma de ajudar no processo de recuperação.

Até o próximo mês.

Abraços,
Rose