Texto publicado na página Godoy Studio Hair - https://www.facebook.com/godoystudiohair
Olá leitores
Espero
que estejam bem.
Minha
proposta para esta coluna é dialogar sobre um assunto que, lamentavelmente, é
recorrente não só em nosso país mas no mundo inteiro: a violência contra a
mulher (física, moral, psicológica, sexual)
São
públicos e notórios os inúmeros casos de descomedida crueldade contra as
pessoas do sexo feminino, independentemente de classe social, cultural e
econômica. Do mesmo modo, é de conhecimento coletivo que nossa sociedade é
composta por atitudes machistas que pressupõe uma superioridade de um gênero
sobre o outro, seja por fatores biológicos, intelectuais ou qualquer outra
maneira de considerar que há supremacia. Além disso, há o fator impunidade que,
mesmo com a criação da Lei Maria da Penha, ainda persiste em muitos crimes.
Por
que será que nossa sociedade atua desta maneira? A discriminação entre os
gêneros é antiquíssima e atinge todas as classes a ponto de que, para algumas
pessoas, isso ser algo banal, comum e imperceptível. Como exemplo podemos citar
um dito popular que diz que “tal pessoa é ‘macho’” atribuindo força, valentia, bravura
ao sexo masculino e que “tal pessoa é ‘mulherzinha’”, denotando uma pessoa
fraca, frágil, acovardada, sem iniciativa. Tal contexto é tão impregnado em
nossa realidade sem que ao menos percebamos como reproduzimos comportamentos,
atitudes, ideias e gestos deste pensamento. Educamos nossos meninos a crerem
que são superiores às mulheres e estas a considerar que são incapazes de cuidar
de si mesmas e que esta função é de seus parceiros. É evidente que há
diferenças e particularidades entre os gêneros mas isto não constitui e, muito
menos, pode se converter em predominância.
Porque
ainda acreditamos que há hegemonia entre os sexos? O que faz os homens pensarem
que suas companheiras são sua propriedade ou posse? E que ao se tornarem
“donos” de suas vidas podem ceifá-las quando a quiserem?
As
possíveis respostas a estas indagações são descritas na história da humanidade,
onde são narrados e explicados os fatos que corroboram para essa contínua
tragédia. Se vocês quiserem aprofundar o tema, sugiro a leitura dos livros “O
livro do amor”, volumes 1 e 2”, da psicanalista Regina Navarro Lins, em que a
autora faz uma investigação minuciosa sobre esse tema.
O
ponto que quero destacar é que esse cenário evidencia uma disputa de poder nas
relações afetivas sendo que o homem, por dispor de maior força física, a
utiliza para impor e comandar o relacionamento, desta forma, para muitos destes
homens, a mulher lhe deve obediência e servidão, pois estas lhes devem ser
gratas. A equação família + história da humanidade + cultura + hábitos sociais
impedem o desenvolvimento de boas ligações afetivas e que resultam em
relacionamentos comprometidos e adoecidos.
É
importante ressaltar que a violência à mulher é de responsabilidade de quem a
pratica e não dos fatores acima mencionados, mas que estes influenciam e afetam
nossa maneira de ser e nos cabe refletir e repensar os conceitos que
interiorizamos e como os executamos em nossa vida.
Abraços,
Rose
Revisão:
Regiane da Silva Santos
Blog: http://traduzosuaideia.blogspot.com.br