quarta-feira, 22 de fevereiro de 2012

Entrevista concedida - Mulher que consome sem limites usa as compras como escape

Para conter o problema é preciso tomar consciência do motivo que a leva a agir assim

Por Tany Souza - Site Arca Universal 
Chegar à loja e comprar tudo o que se tem vontade, mas sem necessidade alguma. Este é o primeiro indício de que a mulher está passando por algum momento delicado e usa o consumo para compensar o sofrimento.
É o que explica a psicóloga Roseleide da Silva Santos sobre os motivos que levam a mulher a um consumismo desenfreado. "Chamamos de consumo prejudicial, porque ela o usa como um escape, para aliviar o sofrimento. E se isso é frequente, perderá a capacidade de gerenciar o que está fazendo, o problema que está passando e o que está gerando, que é o endividamento."
Outro fator que pode levar ao consumismo exagerado é a influência da mídia. "Ela pensa que tem que ter aquele objeto para se sentir pertencendo a um grupo, para que seja aceita pelas pessoas. São mulheres com autoestima baixa, e que obtêm externamente o que não conseguem suprir no emocional", esclarece.

Mais exposição
A agente de aeroporto bilíngue Tatiana Galdeano, de 35 anos, conta que quando estava com algum problema ou frustração, descontava esta angústia nas compras. "Eu saía e comprava roupas, sapatos e, na maioria das vezes, me arrependia depois e não usava tudo aquilo que adquiri. Hoje, tenho consciência disso, porque fiz tratamento e também porque eu me endividei."
Para Roseleide, fora de uma crise emocional, a mulher também consome de forma diferente do homem. "Ele não tem paciência e consegue ser mais objetivo, entra na loja e já sabe o que comprar. Já a mulher gosta da variedade, do passeio, do lazer, observa o tecido, o caimento. Mas quando usa a compra para substituir o sofrimento, compra sem ver e sem pensar."
Além disso, o consumismo feminino fica mais evidente porque a mulher se expõe mais. "Conta para a família, para os amigos que comprou isso, que agora ela tem aquele objeto tão desejado. Mas este prazer acaba rápido, porque foi somente para suprir um problema, uma carência emocional. Passou aquele momento, ela vai querer outra coisa", diz a psicóloga.

Para o futuro
E é necessário ter cautela, pois o desejo de comprar o que não precisa pode ser passado ao filho desde pequeno. "É preciso pontuar algumas coisas: Pra que eu preciso consumir? Qual o objetivo de ter aquilo? Qual o propósito de fazer aquela compra? Além disso, os pais dão o exemplo nas atitudes e não somente na fala, porque dizer o que deve fazer e agir de forma contrária não mostra coerência", exemplifica Roseleide.
Para a mulher adulta saber conter o seu consumismo desenfreado é preciso tomar consciência do motivo que a leva a agir assim. "Ter consciência é admitir e ser responsável por aquilo que eu faço. E para que ela chegue a este grau de equilíbrio é preciso ajuda profissional."
A psicóloga ressalta, porém, que consumir não é errado. "Ter uma vida confortável não é feio, sujo, ilegal, é um direito. Mas o que a pessoa faz com este bem é outra história. Devemos pensar: ‘Sou alguém independentemente do que eu tenho’."

domingo, 12 de fevereiro de 2012

Workshop com Jean-Marie Delacroix

Eu e Jean-Marie Delacroix

Tive a oportunidade, e a imensa satisfação, de realizar o workshop "De corpo a corpo: a intercorporalidade no processo terapêutico" ministrado pela gestalt-terapeuta francês Jean-Marie Delacroix.

Este trabalho foi de suma importância em meu aperfeiçoamento profissional pois pude compreender o relevante valor do corpo em minha prática psicoterapêutica.

Como resultado deste trabalho fica a consciência de que sou um instrumento que vibra de acordo com o toque que recebo de meus clientes e nesta troca há a possibilidade de um encontro verdadeiramente terapêutico.

Foi um final de semana intenso e muito proveitoso; deixará extraordinárias lembranças.

Grupo de participantes do workshop
Agradeço a todos os participantes que compartilharam suas experiências, o que enriqueceu o trabalho, e à Jean-Marie pela generosidade e delicadeza com que conduziu este trabalho.

Indiscutivelmente sai renovada deste trabalho e afinada para estar com meus clientes.

Um forte abraço,
Rose

quarta-feira, 1 de fevereiro de 2012

Nossa interpretação


Vaso de Rubin

A nossa forma de interpretar o mundo está diretamente relacionada à maneira como somos afetados por esta interação. A figura ao lado nos ajuda a compreender esta frase. Olhe atentamente para ela. O que você vê em primeiro lugar? Para alguns a primeira visualização é de um vaso branco com fundo preto e, para outros, dois rostos pretos em um fundo branco. Qual está correta? Ambas. Cada um vê a imagem de acordo com sua percepção, que é o resultado da reunião de seus órgãos de sentido (audição, olfato, paladar, tato e visão). Tal afirmação, portanto, nos faz pensar que não há pensamento, opinião ou percepção melhor do que a outra, há somente diferenças na forma de estar no mundo.
E você, como vê esta relação? Você se julga melhor do que outros porque vê o mundo do seu jeito? Reflita!


Um grande abraço,
Rose