quarta-feira, 12 de novembro de 2014

O quanto você se preocupa com sua aparência e o que faz para adequar-se às pressões sociais e culturais em prol de "ser aceito"?

Nós adoramos novidades! 
O Godoy Studio Hair fechou uma parceria com a Clínica de Psicologia Viver com Qualidade, onde mensalmente vamos ter em  nossa página uma coluna, carinhosamente registrada de "GENTE", abordando temas como saúde, bem estar, beleza, relacionamentos e cuidados, que irão levá-los a reflexão de nossos comportamentos relacionados a estes assuntos e como lidamos com eles. Ao mesmo tempo, reservar este espaço para a troca de ideias e opiniões, indo mais além da divulgação do nosso trabalho, partindo também com um portal mais completo e interativo.
Temos a certeza que esta parceria se torna uma excelente linha de comunicação entre nós e para nós!
Aguardem, amanhã 12 de Novembro, o primeiro texto!
Desejamos a todos uma excelente leitura!



Em primeiro lugar, agradeço o convite para participar deste projeto porque, além da possibilidade de dialogar e trocar experiências, meu aprendizado será contínuo.

Nossos “encontros” serão mensais, porém nada nos impede de nos comunicarmos durante este intervalo. O que pretendemos aqui é que este seja um espaço de trocas ininterruptas!

Minha proposta não é a de trazer respostas prontas ou fórmulas milagrosas, mas sim promover um espaço onde a comunicação possa tornar-se objeto de reflexão sobre nossa própria vida, uma vez que, com a correria do dia-a-dia, nos afastamos cada vez mais de nós mesmos.

Bem, comecemos então com uma pequena discussão e, por que não, uma provocação?! 

“O quanto você se preocupa com sua aparência e o que faz para adequar-se às pressões sociais e culturais em prol de “ser aceito”?”

Não adianta tentar enganar-se: quem de nós nunca se deteve na frente do espelho e elegeu inúmeros “defeitos e/ou imperfeições”? 

Desde sempre ouvimos que não devemos “nos corromper” pelos apelos incessantes da mídia e da nossa sociedade para que sejamos como os “perfeitos”, “famosos”, “lindos”... modelos de capas de revista. Mas, sejamos honestos, quem nunca disse para si mesmo “ah, se eu fosse mais...?” e respondeu essa pergunta com uma lista interminável de características como: alta, baixa, gorda, magra, loira, morena, cabelo liso, cabelo enrolado... lista esta que, depois de um tempo, nós mesmos nos encarregamos de mudá-la completamente... Quem é que nunca se influenciou ou se incomodou pela enxurrada destas mesmas revistas?!

Façamos um autoexame de consciência: ao passarmos horas fazendo compras, horas no salão de beleza, horas na academia... estamos realmente, cuidando de nosso bem estar, estamos fazendo porque necessitamos ou porque nos modificando seremos aceitos?

Todo ser humano necessita ser aceito e querido por seus semelhantes, pois, através disto, teremos o sentimento de sermos amados – isto norteia nossos relacionamentos, por isso, muitas vezes, em nome disto nos colocamos em situações que nos modificam a ponto de nos descaracterizarmos. 

Qual o resultado disto? Dívidas nos cartões de crédito, horas e horas na frente do espelho tentando achar uma “boa aparência”, afastamento do convívio social já que não se sente “bonito o suficiente”, entre tantas outras coisas não tão “leves” assim.

A verdade é que precisamos nos aceitar como somos e não como gostaríamos de ser.

Para alcançarmos este patamar, muitas vezes, nos preocupamos em “TER” determinada característica física, por exemplo, ao invés de “SER” como somos e devotar nossa atenção a alguns valores realmente válidos, como a compaixão por nossos semelhantes.

Será que a luta por nossa independência – tão necessária e justa – não nos torna dependentes de outra forma? Quando nos moldamos a sermos o que não somos não estamos nos tornando escravos de uma cultura que dita o que devemos ser e que não reconhece que é justamente a “diferença” que nos desenvolve e nos torna “únicos”?

Não pretendo condenar os cuidados com nossa aparência, mas sim discutir o quanto e como isto permeia nossa vida e quais são as consequências disto.

Muitas vezes nos sentimos estranhos em nosso próprio corpo e isto acontece porque vivemos um conflito entre o que somos e o que gostaríamos de ser, ou melhor, o que temos e gostaríamos de ter...

E vocês, o que tem a dizer sobre isto? Compartilhe conosco!

Até o próximo mês!

Rose