quinta-feira, 6 de outubro de 2016

Porque tememos a morte?

Texto publicado na página Godoy Studio Hair - https://www.facebook.com/godoystudiohair

Olá leitores

Espero que todos estejam bem.

Essa coluna, neste mês, é dedicada a discutir um assunto que, invariavelmente, ocorrerá a todos nós: a morte.

Recentemente, a partida prematura e trágica do ator Domingos Montagner nos revelou nossa pequenez diante do curso natural do desenvolvimento humano: nascimento, crescimento e morte. Morrer é uma condição irreversível e, por maiores que sejam os avanços da medicina no tratamento das doenças e conforto aos doentes, nada evitará o nosso fim mas sim “como” o faremos.

Porque tememos a morte?

Ao falarmos sobre a nossa própria morte, imediatamente, nosso pensamento nos remete a um processo de sofrimento, dor, solidão, desamparo, ansiedade, medo... A morte representa o desconhecido em nossa existência e, dessa forma, a vemos como uma ameaça que, em nossa fantasia, deve ser combatida e exterminada e, quando percebemos que se trata de uma luta em vão, nos desesperamos e esse martírio tende a diminuir à medida que compreendemos essa verdade. Tal procedimento seria menos penoso se esse assunto não fosse um tabu e pudéssemos discutir sobre suas implicações em nosso dia a dia, por exemplo, como desejamos que seja nosso desfecho porque temos o direito de escolher como queremos morrer.

Ao abordarmos nossa morte estamos, indispensavelmente, discutindo sobre nossa vida.

Qual o verdadeiro significado que você dá a sua vida?

Constatarmos que temos um fim nos possibilita dois caminhos: encontrar um sentido pessoal para a vida ou passarmos uma vida valorizando outros temas. Cabe ressaltar que, quanto maior for sua insatisfação com o rumo de sua vida, maior será sua angústia diante da morte, ou seja, você desperdiçará boas possibilidades de torná-la valiosa. A certeza de nosso fim deve nos servir para nos encorajar a arriscar-se na vida e procurar um maior nível de gratificação.

Outro aspecto da elaboração da morte é quando perdemos uma pessoa e como enfrentamos esse fato. O enlutado necessita aprender a suportar essa condição tendo o cuidado de se respeitar e não atribuir prazo para que isto se conclua.

O processo de luto consiste em 05 etapas e cada individuo vai experienciá-lo de modo particular:
1)     Negação: recusa e dificuldade em encarar a perda;
2)     Raiva: sentimento de injustiça, revolta pelo ocorrido;
3)     Barganha: espécie de negociação para evitar sua perda;
4)     Depressão: tristeza profunda e isolamento social para lidar com a situação;
5)     Aceitação: assentir a perda como um processo natural da vida.

Vê-se a complexidade desta matéria e como temos um longo e necessário percurso a seguir para que ao chegarmos ao nosso fim possamos nos contentar com a vida que escolhemos viver e concedermos uma digna despedida aos nossos entes queridos. Haverá tristeza, sofrimento, a eterna saudade e a convicção de que o melhor da vida foi desfrutado.

Até o próximo mês.

Abraços,
Rose


Revisão: Regiane da Silva Santos
Blog: http://traduzosuaideia.blogspot.com.br

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