Texto publicado na página Godoy Studio Hair - https://www.facebook.com/godoystudiohair
Olá leitores
Espero
que todos estejam bem.
Essa
coluna, neste mês, é dedicada a discutir um assunto que, invariavelmente,
ocorrerá a todos nós: a morte.
Recentemente,
a partida prematura e trágica do ator Domingos Montagner nos revelou nossa
pequenez diante do curso natural do desenvolvimento humano: nascimento,
crescimento e morte. Morrer é uma condição irreversível e, por maiores que
sejam os avanços da medicina no tratamento das doenças e conforto aos doentes, nada
evitará o nosso fim mas sim “como” o faremos.
Porque
tememos a morte?
Ao
falarmos sobre a nossa própria morte, imediatamente, nosso pensamento nos
remete a um processo de sofrimento, dor, solidão, desamparo, ansiedade, medo...
A morte representa o desconhecido em nossa existência e, dessa forma, a vemos
como uma ameaça que, em nossa fantasia, deve ser combatida e exterminada e,
quando percebemos que se trata de uma luta em vão, nos desesperamos e esse
martírio tende a diminuir à medida que compreendemos essa verdade. Tal
procedimento seria menos penoso se esse assunto não fosse um tabu e pudéssemos
discutir sobre suas implicações em nosso dia a dia, por exemplo, como desejamos
que seja nosso desfecho porque temos o direito de escolher como queremos
morrer.
Ao
abordarmos nossa morte estamos, indispensavelmente, discutindo sobre nossa
vida.
Qual
o verdadeiro significado que você dá a sua vida?
Constatarmos
que temos um fim nos possibilita dois caminhos: encontrar um sentido pessoal
para a vida ou passarmos uma vida valorizando outros temas. Cabe ressaltar que,
quanto maior for sua insatisfação com o rumo de sua vida, maior será sua
angústia diante da morte, ou seja, você desperdiçará boas possibilidades de
torná-la valiosa. A certeza de nosso fim deve nos servir para nos encorajar a
arriscar-se na vida e procurar um maior nível de gratificação.
Outro
aspecto da elaboração da morte é quando perdemos uma pessoa e como enfrentamos
esse fato. O enlutado necessita aprender a suportar essa condição tendo o
cuidado de se respeitar e não atribuir prazo para que isto se conclua.
O processo
de luto consiste em 05 etapas e cada individuo vai experienciá-lo de modo
particular:
1) Negação:
recusa e dificuldade em encarar a perda;
2) Raiva:
sentimento de injustiça, revolta pelo ocorrido;
3) Barganha:
espécie de negociação para evitar sua perda;
4) Depressão:
tristeza profunda e isolamento social para lidar com a situação;
5) Aceitação:
assentir a perda como um processo natural da vida.
Vê-se
a complexidade desta matéria e como temos um longo e necessário percurso a seguir
para que ao chegarmos ao nosso fim possamos nos contentar com a vida que
escolhemos viver e concedermos uma digna despedida aos nossos entes queridos.
Haverá tristeza, sofrimento, a eterna saudade e a convicção de que o melhor da
vida foi desfrutado.
Até
o próximo mês.
Abraços,
Rose
Revisão:
Regiane da Silva Santos
Blog:
http://traduzosuaideia.blogspot.com.br
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