sexta-feira, 13 de março de 2015

Como vocês se sentem sabendo que trabalham, honestamente, o dia inteiro e chegam em casa, para seu merecido descanso, e vêem noticias de que nossos políticos e empresários estão envolvidos em escandalosos episódios de corrupção?

Texto publicado na página Godoy Studio Hair - https://www.facebook.com/godoystudiohair

Olá? Como estão? Espero que bem.

Neste mês quero falar com vocês sobre um assunto que vem nos atingindo todos os dias: a crise política e econômica que nosso país está enfrentando.

Vocês devem estar acompanhando o noticiário que nos informa, dia a dia, os desdobramentos das investigações dos desvios na Petrobrás, os indiciamentos de políticos e empresários, como vem sendo descobertos casos e mais casos de corrupção, o índice inflacionário cada vez mais alto, o desemprego e o aumento dos impostos.

Vocês devem estar perguntando o porquê uma coluna que trata temas emocionais estaria falando sobre politica e economia. Respondo que este assunto faz parte de nossa vida cotidiana e nos afeta a todo o momento. Como?

Como vocês se sentem sabendo que trabalham, honestamente, o dia inteiro e chegam em casa, para seu merecido descanso, e vêem noticias de que nossos políticos e empresários estão envolvidos em escandalosos episódios de corrupção? Como se sentem quando vem nossa carga tributária cada vez mais alta e este dinheiro sendo desviado? Quando necessitam de um serviço público e se deparam com a lentidão ou precisam recorrer a “caixinhas” para terem seus direitos assegurados?

Acredito que a resposta a isto seja que se sintam revoltados, injustiçados, perplexos, incomodados e tantos outros sentimentos de indignação.

Somos seres relacionais e tudo o que nos circunda produz algum impacto sobre nós, o que quer dizer que devemos sempre estar atentos a como recebemos o que está sendo vivido. Esta sensação de insegurança desperta a nossa insegurança pessoal.

E como isto afeta nossa vida emocional? Quando nos deparamos com tamanhas injustiças e nos vemos, aparentemente, impotentes diante de tantas barbaridades, o reflexo disto, para muitos, é o abatimento, tristeza profunda e podemos desenvolver até um quadro depressivo. O sofrimento gerado por esta situação, para muitos, nem é considerado, pois não aprendemos, em nossa educação formal, a reconhecer a importância que nossos sentimentos tem em nossa vida e, portanto, desprezamos os efeitos que isto representa em nossa  história. Podemos citar como exemplos destes efeitos os prejuízos que podem aparecer no baixo rendimento profissional, irritabilidade, insônia, dificuldades alimentares, dentre outros.

E como enfrentamos? Em primeiro lugar, não podemos ignorar o que sentimentos sobre isso, ou seja, sempre que assistirmos ao noticiário prestemos atenção em como isto repercute dentro de nós. Conversar com amigos, demostrar nossa revolta nas redes sociais, propagar nossa indignação; tudo o que diz respeito a manifestar o que sentimos sempre será bem vindo.
E ao transformarmos nossa indignação em atos concretos, seja nas manifestações públicas, conhecendo a vida pregressa dos nossos candidatos em toda eleição, acompanhando as notícias e mantendo-se atendo ao que está acontecendo para não se deixar ludibriar, podemos nos tornar responsáveis pelas soluções e buscar o que deve e pode ser feito em favor da melhoria deste contexto.

Até o próximo mês!

Rose

quarta-feira, 11 de fevereiro de 2015

Começar o ano implica em possibilidades? Nem sempre. Podemos simplesmente carregar pendências que ficaram e continuam pedindo para serem fechadas.

Texto publicado na página Godoy Studio Hair - https://www.facebook.com/godoystudiohair


Vamos recomeçar nossos encontros. Feliz ano novo.

Em nosso último encontro falamos sobre como seria um bom fechamento de ano e, agora, vamos conversar sobre como iniciar um ano.

Vivemos numa cultura que busca incessantemente o prazer e somente o prazer sem limites. Um bom exemplo é o carnaval, que é claro um momento de alegria, mas que, indiscriminadamente, alegamos que podemos fazer tudo pela folia mas sem nenhuma noção da consequência de nossos atos.

Começar o ano implica um abrir possibilidades? Nem sempre. Podemos simplesmente carregar pendências que ficaram e continuam pedindo para serem fechadas.

O ano novo, efetivamente, representa dar continuidade aos anseios que existem e torná-los reais. Será que temos a ideia do que estamos continuando? Estamos repetindo ou criando novas possibilidades?

Criar possibilidades é dar permissão para viver o novo, o diferente. Quais são as chances que damos para vermos o novo? Quantas vezes nos escondemos ou evitamos o novo com a ideia de que “em time que está ganhando não se mexe”?

À medida que vamos construindo nossa vida, a partir de nossos anseios, esta passa a ter um sentido e significado próprios a cada um de nós.

Estamos numa época em que somos “obrigados” a estarmos bem, felizes, e sempre demonstrar que nossa vida caminha maravilhosamente bem! Vocês já perceberam que não temos espaço para expressarmos nossas tristezas, preocupações ou angústias? Precisamos sempre estar bem! E é ai que nos prejudicamos, já que a vida é feita de vários ciclos e não é possível mantermos o sorriso eternamente.

Este princípio de viver sempre “no” e “com” prazer norteia nossa vida e acaba se tornando uma imposição e, desta forma, o nosso ano prossegue sem que estejamos atentos ao que, realmente, nos é valoroso.

Façamos do nosso ano um reflexo de nossas verdadeiras e legítimas necessidades pois, assim, o concluiremos com a plena sensação de alegria e realização.

Até o próximo mês!

Rose

Revisão: Regiane da Silva Santos
Blog: http://traduzosuaideia.blogspot.com.br

quarta-feira, 10 de dezembro de 2014

Por que será que sempre nos comprometemos com objetivos que sabemos, conscientemente, que não iremos concluir? Será que gostamos de nos enganar?

Texto publicado na página Godoy Studio Hair - https://www.facebook.com/godoystudiohair?pref=photo


Agradeço todas as manifestações e felicitações por conta da primeira edição, ou melhor, de nosso primeiro bate papo e, com alegria, que proponho nosso próximo encontro.

Estamos nos aproximando do fechamento de mais um ano e, neste período, é comum fazermos aquela famosa retrospectiva e reavaliarmos nossos “acertos” e “erros” cometidos ao longo do ano.

O que chamamos de “acertos” e “erros”?

Aquilo que foi planejado e não concluído, o que desejamos, mas não sabemos por onde começar, planos e mais planos.

Por que será que sempre nos comprometemos com objetivos que sabemos, conscientemente, que não conseguiremos concluir? Será que gostamos de nos enganar?

Acredito que isto aconteça porque sempre pensamos em objetivos que estão fora de nossas reais possibilidades ou que estão no campo do desejo – aqui confundido com sonhos e ideais.

Ideal é algo que almejamos alcançar mas que desconsideramos as verdadeiras chances de ocorrer, como por exemplo, fazer uma viagem maravilhosa à Europa mas não economizar ou organizar-se para isto.

Objetivos são vontades que são arquitetadas para aconteceram de maneira ordenada, por exemplo, quero reduzir 5 kg de meu manequim mas para isto faço uma reeducação alimentar, pratico exercícios físicos, enfim, mantenho uma rotina disciplinada para alcançar o que quero.

Quero dizer que o resultado sempre será alcançado quando nos empenharmos, algumas vezes com sacrifício, e não com simples sonhos.

As frustrações que nos deparamos a cada final de ano é o resultado desta equação – ideal x objetivo – quer dizer utopia x realidade. O importante é verificar o que é realmente uma verdadeira necessidade e se dedicar a concretizá-la.

Façamos um honesto exame de consciência e vamos praticar aquilo que, verdadeiramente, conseguimos realizar.

Para encerrar quero dividir com vocês uma poesia que gosto muito e que, de uma maneira belíssima, sintetiza o que quero compartilhar e desejar a todos neste ano que começa:

POESIA DE NATAL
Cora Coralina

Enfeite a árvore de sua vida
com guirlandas de gratidão!
Coloque no coração laços de cetim rosa,
amarelo, azul, carmim,
Decore seu olhar com luzes brilhantes
estendendo as cores em seu semblante

Em sua lista de presentes
em cada caixinha embrulhe
um pedacinho de amor,
carinho,
ternura,
reconciliação,
perdão!

Tem presente de montão
no estoque do nosso coração
e não custa um tostão!
A hora é agora!
Enfeite seu interior!
Sejas diferente!
Sejas reluzente!


Excepcionalmente não publicarei a coluna no mês de janeiro porque estarei de férias.
Voltaremos a nos encontrar em fevereiro.

Boas festas!

Rose