terça-feira, 20 de dezembro de 2016

Em nosso último encontro de 2016 falaremos sobre um tema que é muito apropriado para essa época do ano: a importância que as pessoas tem em nossa vida

Texto publicado na página Godoy Studio Hair - https://www.facebook.com/godoystudiohair

Olá leitores

Como estão?

Em nosso último encontro de 2016 falaremos sobre um tema que é muito apropriado para essa época do ano: a importância que as pessoas tem em nossa vida.

Porque apropriado? Porque é um período em que tradicionalmente as pessoas se reúnem para confraternizações no trabalho, amigos e familiares.

Em minha prática clínica noto que essa fase do ano desperta nas pessoas uma reflexão de como se encaminharam suas relações afetivas durante o ano e, muitas vezes, constatam que seus relacionamentos estão vazios de significados, como consequência, sentem-se sozinhos e muitas vezes solitários. E porque isso acontece?

Acredito que, infelizmente, estamos desaprendendo a conviver e nos envolver com nossos semelhantes, dada a dificuldade de compreender a relevância do outro em nossa vida; passamos a nos julgar totalmente independentes e autocentrados. E também porque nos machucamos em outras ligações e, como proteção e defesa, nos fechamos a novas conexões. De uma maneira ou de outra perdemos a experiência de estar, efetivamente, em contato com o outro.

É interessante esclarecer a diferença entre necessidade e dependência humana: o ser humano é um ser relacional e como não é autossuficiente carece do outro para seu desenvolvimento e evolução pois é através e na troca de contatos que essa condição acontece; já na dependência a pessoa torna-se incapaz de gerenciar sua própria vida e espera que o outro a direcione, não é protagonista da sua vida e sim coadjuvante.

A nossa vida é uma continua construção de sentidos e, fundamentalmente, sem a presença do outro há um considerável prejuízo, portanto, sem que haja um investimento em nossas relações afetivas nos tornaremos profundamente sós no mundo. Tal investimento compreende em reconhecer quem nos é realmente valioso e indispensável e sermos capazes de relevar, conceder e ceder por aqueles que valem a pena!

Viva os verdadeiros encontros!

Excepcionalmente não publicarei a coluna no mês de janeiro pois estarei de férias.
Voltaremos a nos encontrar em fevereiro.

Boas festas!

Abraços,
Rose


Revisão: Regiane da Silva Santos
Blog: http://traduzosuaideia.blogspot.com.br

terça-feira, 8 de novembro de 2016

O que é ser egoísta?

Texto publicado na página Godoy Studio Hair - https://www.facebook.com/godoystudiohair

Olá leitores

Como estão?

Primeiramente, é com muita alegria, que comemoro dois anos desta coluna. Esses encontros mensais tem me proporcionado o contentamento de compartilhar e aprender com cada leitor sobre a fantástica experiência de ser humano. Obrigada a todos pela companhia!

Neste mês falaremos sobre um assunto que é alvo de muitas críticas e que cabe o devido esclarecimento: o que é ser egoísta?

No nosso dia a dia, quando ouvimos alguém se referir ao outro utilizando a expressão “é egoísta”, geralmente, é de modo depreciativo, ofensivo ou pejorativo à referida pessoa, pois lhe atribui o título de “individualista”, “egocêntrico” ou “só enxerga os próprios interesses”.

É claro que o significado desta palavra pode ser assim aplicado, mas vamos ampliar esse conceito para melhor compreendê-lo.

Vivemos numa cultura, com numerosa contribuição e influência das religiões, que nos ensina que ao considerarmos nossas vontades, interesses, desejos e ao nos voltarmos a concretizá-los, elegendo-os como prioridade, somos vistos como “egoístas” já que o valor de nossos atos está somente quando nos doamos ao outro, e, quando não o fazemos, carregamos uma grande culpa porque julgamos que estamos errados.

A relevância de nossas atitudes não está em a quem ofertamos mas sim em qual o seu propósito.

Como sempre ressalto nessa coluna, somos seres relacionais, isto é, necessitamos do outro porque não somos autossuficientes, dessa maneira, a cooperação é imprescindível ao nosso bem estar, em todos os aspectos.

O recomendável, para se alcançar o equilíbrio em nossas relações, é oferecer a mesma atenção que damos ao outro a nós mesmos, sempre cuidando para que haja uma harmonia entre as partes, quer dizer, o outro é tão importante quanto eu!

Até o próximo mês.

Abraços,
Rose


Revisão: Regiane da Silva Santos
Blog: http://traduzosuaideia.blogspot.com.br

quinta-feira, 6 de outubro de 2016

Porque tememos a morte?

Texto publicado na página Godoy Studio Hair - https://www.facebook.com/godoystudiohair

Olá leitores

Espero que todos estejam bem.

Essa coluna, neste mês, é dedicada a discutir um assunto que, invariavelmente, ocorrerá a todos nós: a morte.

Recentemente, a partida prematura e trágica do ator Domingos Montagner nos revelou nossa pequenez diante do curso natural do desenvolvimento humano: nascimento, crescimento e morte. Morrer é uma condição irreversível e, por maiores que sejam os avanços da medicina no tratamento das doenças e conforto aos doentes, nada evitará o nosso fim mas sim “como” o faremos.

Porque tememos a morte?

Ao falarmos sobre a nossa própria morte, imediatamente, nosso pensamento nos remete a um processo de sofrimento, dor, solidão, desamparo, ansiedade, medo... A morte representa o desconhecido em nossa existência e, dessa forma, a vemos como uma ameaça que, em nossa fantasia, deve ser combatida e exterminada e, quando percebemos que se trata de uma luta em vão, nos desesperamos e esse martírio tende a diminuir à medida que compreendemos essa verdade. Tal procedimento seria menos penoso se esse assunto não fosse um tabu e pudéssemos discutir sobre suas implicações em nosso dia a dia, por exemplo, como desejamos que seja nosso desfecho porque temos o direito de escolher como queremos morrer.

Ao abordarmos nossa morte estamos, indispensavelmente, discutindo sobre nossa vida.

Qual o verdadeiro significado que você dá a sua vida?

Constatarmos que temos um fim nos possibilita dois caminhos: encontrar um sentido pessoal para a vida ou passarmos uma vida valorizando outros temas. Cabe ressaltar que, quanto maior for sua insatisfação com o rumo de sua vida, maior será sua angústia diante da morte, ou seja, você desperdiçará boas possibilidades de torná-la valiosa. A certeza de nosso fim deve nos servir para nos encorajar a arriscar-se na vida e procurar um maior nível de gratificação.

Outro aspecto da elaboração da morte é quando perdemos uma pessoa e como enfrentamos esse fato. O enlutado necessita aprender a suportar essa condição tendo o cuidado de se respeitar e não atribuir prazo para que isto se conclua.

O processo de luto consiste em 05 etapas e cada individuo vai experienciá-lo de modo particular:
1)     Negação: recusa e dificuldade em encarar a perda;
2)     Raiva: sentimento de injustiça, revolta pelo ocorrido;
3)     Barganha: espécie de negociação para evitar sua perda;
4)     Depressão: tristeza profunda e isolamento social para lidar com a situação;
5)     Aceitação: assentir a perda como um processo natural da vida.

Vê-se a complexidade desta matéria e como temos um longo e necessário percurso a seguir para que ao chegarmos ao nosso fim possamos nos contentar com a vida que escolhemos viver e concedermos uma digna despedida aos nossos entes queridos. Haverá tristeza, sofrimento, a eterna saudade e a convicção de que o melhor da vida foi desfrutado.

Até o próximo mês.

Abraços,
Rose


Revisão: Regiane da Silva Santos
Blog: http://traduzosuaideia.blogspot.com.br