Depende do tipo de relação
escolhido pelo casal
Por Tany
Souza – Site Arca Universal
Há alguns anos, o homem era quem
comandava a casa e a família. Isso
porque somente ele trabalhava fora e tinha a obrigação de manter tudo com o
salário que recebia. Com o desenvolvimento da sociedade, a mulher precisou, mas
também desejou, ir ao mercado de trabalho, para conquistar o seu espaço
profissional e financeiro. Mas será que isso mudou a maneira de tomar decisões
dentro da família?
Para a psicóloga Roseleide da Silva
Santos, houve sim uma mudança, pois ambos começam a decidir dentro da casa.
“Como ela também trabalha, pode contribuir para as decisões da família e não é
somente o homem que tem esse papel de chefe do lar. Porém, hoje em dia os
casamentos estão entrando em atrito justamente por causa disso, pois a mulher
não aceita mais a posição de obediência ao que o marido decidir.”
Isso acontece porque as relações
humanas – e conjugais – estão sempre em constante mudança, devido às
transformações econômicas, culturais, sociais. “É por isso que hoje as decisões
tomadas não são somente do homem. Antes era só desse jeito, hoje existem outras
possibilidades de dinâmica entre o casal. Eles se adaptam à realidade que criam:
se definem que será o homem a tomar decisões, tudo bem, se os dois, tudo bem
também. Tudo depende de como é bom para um relacionamento saudável entre eles”,
explica Roseleide.
A psicóloga esclarece que estamos
vivendo um momento de transição, onde cada casal cria o seu jeito de organizar
a casa. “Porém, é importante ressaltar que, se a mulher considera que depender
do marido a torna segura, isso não é saudável, mas é uma dependência. Mas, se
ela o tem como um amparo, contando com uma ajuda, isso é o adequado. Um
casamento tem que ser ‘nós’ e não ‘eu’.”
Em conjunto, em casal
Segundo Roseleide, viver um
casamento é saber dividir as decisões e responsabilidades. “Estar casado é não
se isentar da decisão, é estar com o outro, ao seu lado. Às vezes, é pesado
para o homem determinar algo. Dividir isso em parceria deixa o casamento e a
situação em questão mais leve. É complicado exigir do outro o que nós mesmos
não seríamos capazes de fazer sozinhos.”
E essa divisão de responsabilidade
na tomada de decisões traz bons exemplos para os filhos. “Eles aprenderão que a
vida é de partilha, que não somos autossuficientes, e que sempre podemos
precisar do auxílio do outro, a qualquer momento. Em uma relação onde há troca,
há sempre ajuda”, finaliza Roseleide.
Nenhum comentário:
Postar um comentário